domingo, 6 de dezembro de 2009

Bloqueado

Oh bloqueio que me mata
E me deixa tão perdido
Pois não sei o que se passa
Nem o que fazer contigo

Não consigo ver meu erro
Nem entender sua reação
Me incomoda seu desprezo
A indiferença em suas mãos

Ou esses não são os motivos?
Porque não me diz então?
Assim viramos dois perdidos
Sem saber a direção

Eu não sei o que fazer
Pra você me escutar
Nem ao menos enteder
Porque não quer conversar

Se errei peço perdão
Seja lá o que eu tenha feito
Pois sem ter sua atenção
A solidão arde em meu peito

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Abrir os Olhos

Saído do meio do nada
Ele olhou à sua volta
Ao se descobrir sozinho
Tratou de encontrar o Norte
Não sabia onde estava

Correu rasteiro pela planície
Buscava uma paisagem familiar
Só via arbustos, libélulas e flores
A luz do sol cegava seus olhos
Não sabia onde estava

As montanhas que estendiam-se ao longe pareciam muralhas
Será que precisaria umtrapassá-las? Não seria fácil!
Seus pés começaram a se cansar de correr
Só então notou que estava descalço e
Não sabia onde estava

Passou a se perguntar aonde estava indo.
Procurava pelo quê?
Verdade. Ainda não tinha pensado nisso!
Olhou para as núvens no céu e para si mesmo
Encontrou-se

sábado, 28 de novembro de 2009

Atração

Sempre usa tênis brancos
E se veste sem rigor
Tem também a pele clara
E os olhos de um ator

Não se esconde do holofote
E nem foge da sua sina
Porém guarda um segredo
Em seu ar de Colombina

Tem na face um mistéro
A despertar fascinação
É por isso que atrai tanto,
Dos amantes, a atenção

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Efêmero

Quando eu te conheci
De mim eu esqueci
Meu amor era pra te dar
Não importava o quanto entregar

E a paixão tornou-se forte
De retirar-me até o norte
Só o que eu via era você
Jamais iria te perder

Planos aos poucos surgiram
E os sonhos os seguiram
Vamos então para França
E adotar uma criança

Vamos lá juntos morar
E pra sempre nos amar
Nada pode destruir
O que iremos construir

Mas eis que veio a tempestade
E derrubou nossa cidade
Fez cair nossas certezas
Nos jogou nas profundezas

Acabou assim tão depressa
Com tudo o que um dia foi promessa
De um alegre e bom futuro
De um sentimento assim tão puro

domingo, 1 de novembro de 2009

MacTuB

Sou um poço de perguntas
Vivo de questionamentos
Estou sempre entre disputas
Não controlo os pensamentos

Hajo muito por impulso
Não consigo esperar
Sinto-me como um avulso
Prestes a me machucar

Caio facilmente em prantos
Será que eu ainda existo?
Oh! Meus sonhos, tenho tantos
Que antes de lutar, desisto

Sei que tenho que aprender
Por isso me sinto tão mal
Minha força teima em se romper
É fissura em taças de cristal

Sim, eu sou montanha russa
Insegurança é o meu radar
Se hoje me causa repulsa
Pode vir a me agradar

Existe uma razão para o nome desse poema que só a pessoa para quem eu o fiz saberá! Não tem absolutamente nada a ver com expressões árabes ou com obras de outros autores já publicadas.
A constar, aquele que é o "dono" e retratado no poema é um novo amigo, que já se tornou bastante significativo para mim! Espero que goste.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Labirinto

Sabe
Eu sei, eu sei
Eu sinto

Sabe
Supliquei, supliquei
Instinto

Sabe
Eu gritei, eu gritei
Não minto

Sabe
Eu tentei, eu tentei
Extinto

Sabe
Eu amei, eu amei
Labirinto

domingo, 25 de outubro de 2009

Perspectivas - Série O Príncipe - nº 06

Hoje vou olhar para o espaço
Contemplar suas estrelas
Agradecer por onde passo
O privilégio de poder vê-las

Hoje se abre uma perspectiva
No caminho dessa Princesa
Tornar-me-ei uma jovem ativa
E deixarei para trás aquela tristeza

Hoje sinto que livre sou
Bela, inteligente e singela
Para frente é o caminho por que vou
É ele que vejo de minha janela

É nova a vida que se mostra
Cheia de significados
Longe daquele se prostra
Perto de campos inexplorados

Fim de História - Série O Príncipe - nº 05

Oh! Esse dia nublado
E esses grossos pingos de chuva
Levam de vez o meu namorado
Com um mero aceno de luva

Companhia ele já encontrou
Espero que a faça feliz
Que esse amor que tão logo brotou
Seja forte como licor de anis

O meu Príncipe partiu de vez
Não morreu nem vai se mudar
Está certo da escolha que fez
Mostrou que por ela irá lutar

Pena que tão mal me compreenda
Não perceba minha real intenção
É normal que seu novo amor defenda
E para mim só dê decepção

Grito

Eu grito
Eu olho o céu e grito
Eu vejo o sol e grito
Eu me ajoelho e grito

Sim, sou livre
Sim, minha mente é livre
Sim, meu tempo está livre
Sim, meu coração está livre

Nada está perdido
Não estou perdido
Não me sinto perdido
Meu caminho não está perdido

Eu grito
Não preciso disso, eu grito
Vivo bem sem ti, eu grito
Estou feliz agora, eu grito

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Revelação - Série O Príncipe - nº 04

Eu estava lá
Ele também
Começou a me olhar
Não olhei além

Em volta o baile urgia
Mas pra mim o tempo parou
Eis que outra pessoa surgia
Foi ela que ele abraçou

Meus olhos ainda não querem crer
Que o Príncipe Encantado sorri
Simplesmente não queriam mais ver
Quem ele puxou para si

Para aquele a quem sempre amei
Só pude dar um sorriso forçado
Pois o nobre para quem me entreguei
Hoje tem outro príncipe ao lado

domingo, 4 de outubro de 2009

Reinício - Série O Príncipe - nº 03

Princesa prepare teu vestido
Será longa essa noite
Será que encontras um marido?
Ou permanecerás nesse eterno açoite?

Sim, é claro que marido não é solução
Mas um príncipe te faria ao menos alegre
Traria luz de volta a seu coração
Tiraria de ti essa melancolia e essa febre

Vamos aos bailes dos outros reinos juntas
Há banquetes magníficos em Cornwell
Lá poderás responder todas as suas perguntas
E distrair seus pensamentos soltos ao léu

Imagine-se em Camelot
E se encontras um bom pretentende?
Podemos te apresentar a Lancelot
E então tudo vai ser diferente

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Solte a corda

Solte a corda
O pior já passou
Solte a corda
Ela nunca te amou

Solte a corda
A paixão acabou
Solte a corda
Outro alguém a levou

Solte a corda
Não há o que fazer
Solte a corda
Só o que resta é esquecer

Solte a corda
Outro alguém está por vir
Solte a corda
Se tentar vai ouvir

Solte a corda
Logo irá amanhecer
Solte a corda
Ninguém vai se perder

Solte a corda
Deves recomeçar
Solte a corda
Deixe o tempo passar

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Queda Livre

Abro a janela
Deixo a luz do sol entrar
Fecho os olhos
Sinto a luz do sol em mim

Megulho pelo céu azul
Não há nuvens no caminho
Só existe calor e azul
Liberdade

Tal qual o planador
Eu me aprofundo na vastidão
O firmamento é só meu
Sinto a plenitude no meu rosto

A brisa que sopra é leve
Meu coração assim também está
Sou feliz
E é isso que importa

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

He, by himself

I don’t know where to go
I just don’t know
I already don’t know who I am
And that is the great problem

I was in love
You said continue in love
But now I’m lost in deceptions
And you don’t answer my questions

My love is not gone
But now is all done
Your heart is not mine
And now I’m not fine

I’m happy for you
And it is what I suppose to do
Believe in what I’m speaking
But it don’t change, right now, what I’m feeling

I feel old
I feel cold
I feel sad
I feel dead

sábado, 26 de setembro de 2009

Dezessete

Dezessete pegadas na grama
Dezessete apertos de mão
Dezessete segundos de fama
Dezessete sonhos no chão

Dezessete passos em falso
Dezessete amigos perdidos
Dezessete caminhos, descalço
Dezessete anjos caídos

Dezessete pássaros no céu
Dezessete portas de bar
Dezessete palavras ao léu
Dezessete destinos traçar

Dezessete corações partidos
Dezessete segredos guardados
Dezessete amores perdidos
Dezessete olhos fechados

Dezessete dias de glória
Dezessete semanas de luar
Dezessete meses de história
Dezessete anos de azar

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A Princesa - Série O Príncipe - nº 02

Princesa, hora de parar de chorar
Tanta lágrima não tem sentido
De nada isso vai adiantar
Só te deixará o dia mais sofrido

“A esperança é a última que morre”
Mas morreu, princesa, e nada podes fazer
“Então não queres que eu chore?”
Não. Pois isso não irá resolver

Levante sua cabeça
E arrume seu vestido
Aprenda a lição e amadureça
Cure seu coração ferido

Outras oportunidades virão
Mais sorrisos tu verás
Outros sonhos nascerão
E mais feliz tu ficarás

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Retinir

Olhos cansados
Olhos pesados
Olhos esguios

Olhos molhados
Olhos fechados
Olhos sombrios

Olhos perdidos
Olhos sofridos
Olhos tardios

Olhos caídos
Olhos traídos
Olhos vazios

Esse eu comecei há muito tempo na sala de aula e, olha só, terminei hoje também na sala de aula! Valeu Amanda que me ajudou com a única palavra que estava faltando. Não fosse ela, demoraria mais pra ficar pronto! E valeu pelo esfoço em tentar encontrar uma boa palavra Felipe.

domingo, 20 de setembro de 2009

O Príncipe - Série O Príncipe - nº 01

Oh princesa, comece a chorar
O Príncipe Encantado não vem te buscar
Teu reino é muito distante
Ele não quer se arriscar o bastante

Preferiu foi ficar com a outra princesa
E despejar sobre ti essa tristeza
É que é mais próximo o outro castelo
Apesar de jamais vir a ser mais belo

Mas princesa, não vá odiá-lo
Apesar de tuas esperanças descerem pelo ralo
Ele só procura pela felicidade
Ou seria facilidade?

Princesa guarde para outro o teu amor
Outro que possa lhe dar o devido valor
Outro que ao invés de ser um Príncipe Encantado
Seja de fato um príncipe honrado

sábado, 22 de agosto de 2009

Inesperado

Um dia
Uma fala
Um encanto
Uma estrada

Eu te vi
E você me viu
Eu te senti
Você me sentiu

Não houve começo
Nem interrupção
Só houve um contato
Foi só coração

Eu olhei pra você
E você olhou pra mim
Eu voei como uma ave
Como um beija-flor no jardim

Eu quis falar
Não foi preciso
Você entendeu
E soube o que eu sinto

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Vai Com Deus

Despedidas ao portão
Acenos distantes e incomodados
Eles se olham
Não desejam se separar
Mas a distância se impõe

As costas se viram
Um toma seu caminho
O outro entra pela porta entreaberta
Ambos lembram-se (sem saber, juntos)
Do abraço no portão

Alegria, entusiasmo e gentileza
É o que os outros devem ver
O coração, porém,
Apertado, triste e sozinho
Só se rende à solidão

Quantas não são as badaladas
E os giros do globo nos céus
Até que novamente se verão
Frente a frente
E tão próximos

A distância então diminui
Encontram-se
Olham-se
Abraçam-se
E entram juntos

terça-feira, 9 de junho de 2009

Subjetividades

Antes do tempo
Antes da vida
Antes do verbo e
Antes de mim
Oma et ue

Perto do cais
Perto do céu
Perto do limbo
Perto dos trilhos
Oma et ue

Junto contigo
Junto comigo
Junto com outros
Junto com todos
Oma et ue

Mesmo sozinho
Mesmo cansado
Mesmo soturno ou
Mesmo perdido
Oma et ue

Com medo ou coragem
Com força ou fraqueza
Com amor ou com ódio
Com paz ou com luta
Oma et ue

sábado, 9 de maio de 2009

Sonhação

Eu quero ver a luz do sol
Eu quero o cheiro da grama verde
Eu quero ouvir o canto dos pássaros
Eu quero sentir o vento nos cabelos

Eu quero o branco das dunas de areia
O negrume do céu estrelado
O azul das ondas do mar
E a aquarela do arco-íris

Eu quero um lugar só pra mim
Um só pro meu amor
Um lugar com alegria
E um lugar só pra nós dois

Eu quero a paz de um bebezinho
E a agitação do adolescente
Eu quero a sobriedade do adulto
E a doçura do idoso

Eu quero uma vida leve
Um amor que me compreenda
Uma família feliz
E uma partida tranquila

sábado, 25 de abril de 2009

Eu hostil

Tenho andado meio inconstante
Esperando a neblina abaixar
Tenho me esquecido debaixo dos dias
E deixado o tempo passar

O ponteiro tem andado inconstante
Gira, para, gira, gira
As vezes giro junto
E entorpeço-me de ira

A saudade é inconstante
Me faz ficar triste e agitado
Cheio de uma sóbria loucura
Como um insensato frio e apaixonado

Apaixonado pelas minhas irrelevâncias
Verto em sonhos suas lembranças
Cerco-me de solidão
E me escondo, com medo, no porão


Poema escrito a quatro mãos por minha querida amiga loira Letícia e por mim.
Sexta, msn, nada para fazer, amizade e sintonia fina.
O resultado você já leu. Espero que tenha gostado.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Friendship


Quando acabam as forças
Quando passam as horas
Quando se perdem os caminhos e
Quando não se tem mais pra aonde ir
Ainda existe algo mais

Quando parece que tudo acabou
Quando não se pode mais continuar
Quando o ânimo se foi e
Quando não se quer mais lutar
Ainda existe algo mais

Quando todos se foram
Quando até sua alma se cansou
Quando não há mais palavras e
Quando se esquece da paz
Ainda existe algo mais

Quando precisa-se de descanço
Quando o trabalho é demais
Quando até respirar sufoca e
Quando não se tem pra onde olhar
Ainda existe algo mais

Quando se quer tirar férias de si próprio
Quando o outro não corresponde
Quando não se sabe nem o que se sente e
Quando a dúvida toma seu coração
Ainda existe algo mais

Existe alguém com quem se pode contar
Existe alguém que se importa contigo
Existe alguém que só quer ser seu amigo e
Existe alguém que te aceita como você é
E este alguém é feliz por saber que pode te ajudar sempre!

Este poema foi escrito por volta das 2h40 min da madrugada de segunda para terça. Dá para ver pelo horário da postagem não é?
Foi escrito para um amigo que certamente saberá que foi para ele. Me asseguro de não ter dúvidas sobre isso!
Espero que goste e abraço a todos

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Não vá embora


Não vá embora
Espera mais um pouco
Deixa eu te dizer quem sou eu
Deixa eu ver quem você é

Não vá embora
Você chegou tão cedo
Mal aproveitamos o tempo juntos
Mal pudemos nos conhecer

Não vá embora
Eu sei, faz anos que está aqui
Mas isso não quer dizer nada
Só quer dizer que você pode ficar mais

Não vá embora
A saudade vai ser tão forte
A distância tão cruel
A solidão tão grande

Não vá embora
Eu te quero perto de mim
Mas se não vai mesmo ficar
Então eu vou com você

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Senhora do Lago

Senhora do Lago
Não chores pelo teu amor
Ele partiu para as estrelas
Mas te aguarda entre as nuvens

Senhora do Lago
Seca as lágrimas do seu rosto
Abra então um belo sorriso
E alegra a tua face

Senhora do Lago
Teu amor não está tão distante
E te quer feliz da vida
Feliz com a vida que deves ter

Senhora do Lago
Teu amor te olha sempre
Contempla-te toda noite
E te abraça em teus sonhos

Senhora do Lago
Teu amor também te ama
Também te quer ao lado dele
E nem o céu os separará

Senhora do Lago
Alegra-te sempre
Saiba qu’ele vai voltar
E que não demora a chegar

Senhora do Lago
Corra logo até o portão
Seu amor já está lá
Esperando seu abraço

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Lux Nocturnus


Pela janela aberta
Vejo que o sol está negro
E o céu coberto de nuvens
Caminho pela penumbra
Nem sei onde estou
Só sei que estou sozinha

Lá dentro as sombras gritam
E os vultos movem-se lado a lado
Não abro a porta
Não falo mais
Nem sei onde estou
Só sei que estou sozinha

Joguei os dados
E rolei com eles
Tenho todo controle
E não sei quem sou eu
Nem sei onde estou
Só sei que estou sozinha

Cansada eu me deito
O Universo é tão grande
Mas há estrelas no teto
E tudo está normal
É que hoje a insanidade bateu à minha porta
E eu deixei-a entrar


Esta postagem foi especialmente para a minha amiga loira Letícia. Os dois últimos versos do poema são dela. E agradeço à Lud pela ajuda em traduzir o título paro o latim.
Espero que tenham gostado.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O Rei Está Morto


O Rei está morto!
Mas seu filho ainda vive
A esperança se foi
Mas renascerá
A luz se faz presente
Não há perdas então!

O Rei está morto!
Mas seu filho ainda vive
Como a fênix o amor torna
A surpresa se faz presente
Presenteia os desatentos
E acalenta os sonhos deles

O Rei está morto!
Mas seu filho ainda vive
Trás carinho aos súditos perdidos
E justiça aos prisioneiros
A paz retorna ao reino
Pois o Príncipe agora é Rei

sábado, 24 de janeiro de 2009

Intuição

Intuição
Listen yourself
Your interior voice
Aquilo além de nós

Encontre sua resposta
Discover your world
Say your word
E saberá do que gosta

You can not explain
Mas sabe o que tem
E então você só vai
Without ask why